SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO BARRIL DE ALVA: FONTES: ”AIACO” - A COMARCA DE ARGANIL- GENI.COM - CLARINDA GOUVEIA - P. ANTÓNIO DINIS - - “ECOS DO ALVA” – U.P.B.A.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Barril em 1727

Segundo António Inácio Alves Correia de Oliveira (AIACO), conhecedor profundo da História do BARRIL DE ALVA, os fundadores dos Grandes Armazéns do Chiado, naturais do BARRIL, afiançavam que a QUINTA DO URTIGAL já existia em 1727.
O padre Luís Cardoso deixou escrito no Cartório Paroquial de Vila Cova de Sub-Avô que o BARRIL, nesse ano, tinha “… vinte e nove vizinhos“.


Urtigal: a moenda fazia parte da quinta, bem como a  residência do caseiro, entretanto demolida

Barril: três ermidas em 1721

...Sobre o crescimento do lugar do Barril são raras as referências. No entanto, os elementos cronológicos referidos pelo antigo padre Januário, prior de Vila Cova, Anseriz e Barril, e mencionados por AIACO, apontam a implantação da Quinta de Santo António (conhecida como “casa do Barril”) como principal fator no desenvolvimento do lugar.
Dos registos conhecidos sobre os “Senhores da Casa do Barril”, o mais antigo é José Freire de Sequeira Coelho Neves de Faria Geada Costa de Abreu, senhor da Casa do Barril, nasceu em Folques. Faleceu em 1855.
O brasão dos “Freires e Albuquerques”, senhores da “Casa do Barril”, é datado de1696…

Informação documentada a ter em conta:

"No dia 12 de junho de 1721, o prior de Vila Cova de Sub Avô, António Ferreira dos Santos, a pedido do Cabido da Sé de Coimbra, informava sobre a existência das ermidas do Barril, que eram três: S. Simão, no Casal de Baixo, Santo Aleixo, no Casal do Meio, e Santa Maria Madalena, no Casal Cimeiro (...)”.

O tema “Quinta de Santo António” justifica apontamentos de pormenor mais adiante.

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     Brasáo dos "Freires e Albuquerques"            
                                                                                                   As 3 ermidas do Barril 
                                                                                                    documento original de 1721 e eópia 
                                                                                                  (colaboração de Paulo Santos)


quarta-feira, 28 de abril de 2021

O “Barril” em 1532

 NOTA PRÉVIA

No dia 12 de julho de 1527, a mando do rei D. João III, foi organizado o Cadastro da População do Reino*. Quando terminaram os censos, em 1532, os resultados davam conta de que no concelho de Coja residiam 531 pessoas.
No livro “Espariz - subsídios para a sua História”, escrito em 1991 pelo falecido padre Dinis, o autor divulga a população do extinto concelho de Coja:
-“Na vila de Coja, moradores eram 83; no lugar do Baril, 10; na Esculca, 17; no Pisão…” etc, etc.
O apontamento sobre os censos de 1532 foi o ponto de partida para outras buscas sobre o passado do Barril de Alva, recorrendo, numa primeira fase, à consulta de documentos recolhidos por António Inácio Alves Correia de Oliveira (AIACO) - com créditos valiosos nesta matéria -, bem como o padre Januário Lourenço dos Santos.
Muito antes de 1532 passaram por aqui exploradores romanos…
O “Baril”, ou Barril, como era conhecido, passou a designar-se Barril de Alva em 25 de Julho de 1924, percorreu o seu percurso como as demais aldeias, cresceu e ganhou um lugar, embora modesto, na História do país que somos.
Foi berço de personalidades ilustres, uns sobejamente conhecidos da comunidade, outros nem tanto…
Os filhos diletos desta terra, pelo merecimento dos seus atos e competências, ausentes ou não do torrão natal, justificam uma “palavra” em letra de forma na história do Barril de Alva e do concelho a que pertence!
- Ordenar e datar efemérides, recordar intérpretes de ideais que deram força e visibilidade generalizada à frase “Os Barrilenses são assim” (AIACO) é a missão a que me proponho.
Carlos Ramos

*Cadastro da População do Reino (1527) - por João Maria Tello de Magalhães Collaço, Lisboa 1939

“Ala dos Namorados” - É O VOSSO TEMPO!

 Este sítio pretende ter memória de um passado de transformações na comunidade e, pela leitura do conhecimento, recordar quem muito deu de si para o engrandecimento e progresso do Barril de Alva.

Fazer parte da história do Barril de Alva é (quase) um dever cívico da atual “Ala dos Namorados”* barrilenses (...com as óbvias diferenças dos combatentes da  batalha de Aljubarrota, mas com o mesmo espirito de vitória)!

Se a mais a vontade da consciência não “obrigar”, que nunca se afaste do sentimento do amor por esta terra a que estão umbilicalmente “presos”.

*http://www.agr-tc.pt/bibliotecadigital/aetc/index.php?page=13&id=172&db=

Ouro no rio Alva

 

Anos sessenta:  busca do  metal precioso num dos rios da região de Arganil



Os romanos foram exímios exploradores do ouro no rio Alva e nos montes próximos, a céu aberto ou através de minas.
Há testemunhos do garimpo nos rios da região no século passado e nos tempos que correm algumas pessoas ainda tentam a sua sorte…
No Barril de Alva, na margem direita do rio, na Área de Serviço e Pernoita para Autocaravanas, ainda existem milhares de pedras redondas (calhaus) que formam uma CONHEIRA - (…) local onde foram amontoados seixos rolados resultantes do trabalho de exploração mineira do ouro pelos Romanos(…) - “e que muito úteis foram na construção da estrada do Barril para Coja “(António Inácio Alves Correia de Oliveira (AIACO) - “ A Comarca de Arganil”
Pela leitura de inúmeros estudos é possível localizar zonas onde surgem (…) testemunhos das lavarias de ouro em que as terras eram lavadas e as pedras redondas (calhaus) arrumados como escombros (…).
O semanário “Campeão das Províncias”, na edição do dia 26 Agosto de 2016, com o título “Ouro - Maior área mineira de ouro do Portugal romano encontra-se ao longo do Rio Alva, no concelho de Arganil", divulgou (…) a investigação sobre mineração antiga, efetuada por investigadores do CEAACP da Universidade de Coimbra e do Consejo Superior de Investigaciones Cientificas – Madrid (…), e salientou: (…) Os restos que revelam os trabalhos mineiros de época romana concentram-se no concelho de Arganil, ao longo do Alva, sendo esta área mineira particularmente extensa junto a Coja. Entre os vestígios arqueológicos descobertos também se encontram os de um possível acampamento militar romano (Lomba do Canho).
Jorge de Alarcão refere a exploração mineira do Alva, colocando algumas questões relativamente à época da sua exploração, “Nas margens do rio Alva, entre Vila Cova e a confluência do Alva e do Mondego (…) – Direção Geral do Património Cultural.
Trabalho de excelência foi elaborado pela doutora Carla Maria Braz Martins, da Universidade do Minho, Braga, em 2008, sobre A EXPLORAÇÃO MINEIRA ROMANA E A METALURGIA DO OURO EM PORTUGAL (…) principalmente nas margens do rio Alva (vale de Arganil) - página 45.