SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO BARRIL DE ALVA: FONTES: ”AIACO” - A COMARCA DE ARGANIL- GENI.COM - CLARINDA GOUVEIA - P. ANTÓNIO DINIS - - “ECOS DO ALVA” – U.P.B.A.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Urtigal - "lagar de varas"


... naquele tempo era assim 


               Esquema de uma prensa de vara





"As azeitonas eram prensadas entre dois moinhos de pedra (por norma, de granito). Essas camadas grossas eram espalhadas em seiras redondas, postas umas sobre as outras e pressionadas por uma prensa hidráulica. O líquido advindo dessa prensagem é uma mistura de azeite e sabores amargos dissolvidos em água. Esse líquido seguia por dois canais abertos numa peça de granito e era encaminhado para grandes depósitos, também de granito".
Os "lagares de varas" - como era o do Urtigal - baseiam-se num sistema de prensa dos lagares romanos e hoje são peças "vivas" de alguns museus.
As guias das seiras estavam encaixadas nas duas aberturas, visíveis na imagem da peça encontrada nos escombros  do edifício.
Durante as obras de recuperação das ruinas do “complexo” industrial da Quinta do Urtigal, foi ainda encontrada a viga do pórtico da acesso principal, uma chave de tamanho médio, partes dos depósitos onde era recolhido o azeite e restos do sistema hidráulico (?). 
- Junto ao caneiro,  quando o caudal do rio é fraco, ainda podemos "descobrir a olho nu"   uma ou duas memórias   do  "nosso" lagar...



domingo, 12 de novembro de 2023

Barril de Alva - às voltas com a História


   
Quinta do Urtigal - ruinas  do lagar e moenda

 O Barril (de Alva) fez parte do concelho de Vila Cova (de Sub Avô), depois integrou o concelho de Coja e agora, como se sabe, pertence ao concelho de Arganil.
Por mera curiosidade, se a tiver, fique a conhecer algumas datas que fazem parte da História das vilas e aldeias da nossa região.

"Paróquia de Vila Cova de Alva
Vila Cova foi sede de concelho, só extinto em 1836. Teve juiz ordinário, vereadores, procurador do concelho, escrivão da Câmara, escrivão do Judicial, de notas e de órfãos, e companhia de ordenanças.
Em 1840, pertencia ao concelho de Coja, extinto por decreto de 31 de dezembro, passando então para o de Arganil.
Também designada por Vila Cova de Sub Avô ou apenas por Vila Cova, passou a ter a atual designação pela Lei nº 1625, de 25 de julho de 1924 (ano da criação da freguesia do Barril de Alva).

Cartório Notarial de Coja
Os notários deste cartório desenvolveram a sua atividade em Coja, que possuía julgado de paz. Freguesia do concelho de Arganil, foi outrora sede concelhia até à sua extinção pelo Decreto de 31 de dezembro de 1853. Dele faziam parte as freguesias de Vila Cova do Alva, Benfeita, Cerdeira e Barril de Alva.
- A última reunião da Câmara Municipal de Coja realizou-se em 18 de janeiro de 1854. 
Fazia parte da comarca de Seia em 1839, mas depois ficou a pertencer à de Arganil. O Decreto-Lei nº 1364, de 18 de setembro de 1922, fixou em quatro o número de lugares de notário na comarca de Arganil: um na sede, um em Coja e os dois restantes em Góis e Pampilhosa da Serra, situação reiterada pelo Decreto nº 15 304, de 2 de abril de 1928. Por sua vez, o Decreto-Lei nº 19 133, de 18 de dezembro de 1930, suprime o lugar de notário existente em Coja, mantendo-se em atividade o notário até à respetiva vacatura".
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Fonte: Geni.com

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Quem “nasceu” primeiro? O Urtigal ou o Barril?

 Os elementos cronológicos referidos pelo antigo padre Januário, que durante 50 anos (de 1943 a 1993) exerceu funções pastorais, em Vila Cova de Alva, Anceriz e Barril de Alva, mencionados por António Inácio Alves Correia de Oliveira -AIACO - no jornal “ A Comarca de Arganil”, fundado em 1901, apontam a “Casa do Barril”, ou Quinta de Santo António, como principal fator no desenvolvimento do lugar do Barril.
Para este trabalho de recolha de simples notas e apontamentos históricos, considerei irrelevante aprofundar as origens da Quinta de Santo António, sendo certo que alguma influência teve a proximidade de Vila Cova de Sub Avô, da qual o Barril fazia parte, para impor a sua influência no desenvolvimento da agricultura na zona da sua envolvência.
A "Casa do Barril" é citada pela primeira vez (?) num pequeno texto algures no ano de 1720, onde se afirma que “...os seus proprietários eram donos de terras até ao rio…”, incluindo “a Quinta do Urtigal”, que fazia parte “…da freguesia de Vila Cova de Sub-Avô…”- (volume XI da obra “Portugal Antigo e Moderno”, editado em 1886).
É importante acentuar a referência feita à Quinta do Urtigal. A.I.A.C.O., nas suas deambulações históricas, não coloca de parte a eventualidade da Quinta ser anterior ao povoamento do lugar do Barril.
O topónimo Urtigal é, talvez, o reflexo da existência no local de “…plantas herbáceas do género Urtica, da família das Urticáceas”.
A zona onde existiu o lagar e a moenda foi adquirida aos seus anteriores proprietários (também donos da Quinta de Santo António) pelo executivo da extinta Junta de Freguesia do Barril de Alva (2009/2013), que deu visibilidade às ruinas, alindou o espaço e ergueu obra singela de apoio aos veraneantes.
- Ficou mais rico o património público do Barril de Alva.
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Os romanos foram exímios exploradores do ouro no rio Alva e nos montes próximos, a céu aberto ou através de minas. No Barril de Alva, na margem direita do rio, na Área de Serviço e Pernoita para Autocaravanas, ainda existem milhares de pedras redondas (calhaus) que formam uma CONHEIRA – “(…)local onde foram amontoados seixos rolados resultantes do trabalho de exploração mineira”.
A tese de que a Quinta do Urtigal “vem do tempo dos romanos” é uma “estória” (?) que se encaixa neste texto, recolhido aqui: https://revistaplaneta.com.br/ .
- “No Império Romano, a produção movida a água era usada para fazer farinha e cortar pedra e madeira. Os moinhos d’água foram uma das primeiras fontes de energia que não dependiam da força muscular de humanos ou animais”.
*
… E assim nasceu o lugar do Barril – ou não !
A lenda do “Moleiro do Barril” pretende encontrar uma razão para o nome do lugar:
- “(…) existia um lugar na margem direita do rio Alva, entre Vila Cova de Sub Avô e Coja, sem denominação conhecida.
Certo dia, o Alva teve grande cheia. Um moleiro do pequeno povoado, ao reparar que havia barris de vários tamanhos na corrente, pegou numa vara e, com ela, conseguiu arrastá-los para a margem.
Nesse ano, a produção de vinho foi de tal modo elevada que se esgotou o vasilhame. Os agricultores das redondezas recorreram ao moleiro, com quem fizeram negócio. Por essa razão, passou a ser conhecido pelo “Moleiro do Barril.
Além desta lenda, existe uma outra, menos “romântica”, mas…
- Para atravessar o rio, quando aumentava o caudal, os residentes no povoado utilizavam uma jangada feita de barris vazios, ligados uns aos outros.
*
Sobre o topónimo Barril, A.I.A.C.O. recolheu esta pequena nota: (…): "também medieval, derivado de barro e, portanto, de sentido geológico (…). Temos que admitir, também, que o povoamento do Barril de Alva é anterior ao século XII”.
Pinho Leal, historiador, autor da obra “Portugal Antigo e Moderno, publicada entre 1873 e 1890, esclarece que o lugar do Barril é um “…pequeno povoado da margem direita do rio Alva, ALBA ou ALBULA, como foi conhecido no passado remoto".
Urtigal, anos sessenta: lagar e moenda; o local depois de recuperado em 2011/2012




quarta-feira, 27 de setembro de 2023

União e Progresso do Barril de Alva - sinais dos tempos


    Lembrar a importância da instituição UPBA - União e Progresso do Barril de Alva - na     vida da comunidade da aldeia, de onde partiram homens e mulheres à conquista dos         seus sonhos, é uma espécie de viagem com oitenta e oito anos de história com muitas      estórias para contar. Possivelmente, essa viagem está a chegar ao fim…
Os barrilenses de agora e os do futuro têm a “obrigação” (?) do conhecimento da História que a UPBA e a AFB - Associação Filarmónica Barrilense - disponibilizam na Casa/Museu “OS BARRILENSES SÃO ASSIM” – trabalho sério, do que foi possível apurar sobre o passado do Barril (de Alva), onde surgem figuras gradas da comunidade – da cultura, da ciência, da indústria e do comércio do país que fomos em tempos idos.
- As obras públicas erguidas num curto espaço de vinte anos “por teimosos e cabeçudos Beirões..." (Miguel Torga) são a prova viva de uma aldeia pujante de vida… e de sonhos.
Lembrar a importância dos que resistiram na aldeia “vidas inteiras”, com hábitos e costumes que mantiveram vivos conhecimentos empíricos e alimentaram tradições; lembrar os que retornaram, por qualquer razão, e somaram valor ao trabalho em equipa; lembrar os amigos do Barril de Alva que trouxeram outros amigos e, juntos, enalteceram a beleza da terra e a gentileza dos residentes, é um “dever” solidário e uma “obrigação” intelectual de todos nós.
Sem a militância dos associados na UPBA e na FILARMÓNICA, músicos incluídos; sem a solidariedade dos amigos e dos amigos dos amigos; sem o amor incondicional de muitos aqui nascidos, gente anónima do povo, embora distantes das lideranças ocasionais, mas atentos e participativos na vida comunitária, era impossível honrar a singela frase:
“OS BARRILENSES SÃO ASSIM”!
Pelo mérito da sua grandiosa obra social e cívica, a União e Progresso do Barril de Alva, enquanto “respira”, justifica o reconhecimento público de todos, a começar pelos barrilenses com memória.
Em suma: em algum tempo e ocasiões específicas, (quase) todos os barrilenses, nos últimos oitenta e oito anos, foram “membros ativos” da grande família da UPBA!
A UNIÃO do bem-querer e do bem-fazer tem enorme utilidade na construção do PROGRESSO de uma instituição, de um família, de um lugar, de sum sítio, como aconteceu com o BARRIL DE ALVA.
…Entretanto, o Barril de Alva perdeu o direito de caminhar pelo seu próprio pé e a aldeia ficou com “o copo meio cheio” … ou “meio vazio” – depende da leitura dos sinais dos tempos.
Carlos Alberto Ramos

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UPBA - resumo de 88 anos de dedicação, trabalho e benemerência de uma instituição pioneira do regionalismo arganilense

U.P.B.A. Monumento que homenageia o bairrismo e a benemerência dos barrilenses e dos amigos do Barril de Alva

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...a União e Progresso do Barril de Alva (UPBA)

foi fundada no dia 17 de março de 1935 e tem, desde sempre, a sua sede na Cova da Piedade, Almada.


… Tudo começou com a eleição de uma comissão de auxílio à Sociedade Filarmónica Barrilense, fundada em 5 de Novembro de 1894.Posteriormente, um grupo de Barrilenses radicados na denominada região da Grande Lisboa decidiu alargar o seu raio de ação, “…dado estarem identificadas as variadíssimas obras necessárias para obviar as péssimas condições em que os Barrilenses viviam o seu dia-a-dia; faltavam, contudo, os meios financeiros necessários à sua consecução…”.

Sem validade jurídica, foi criada a Comissão de Iniciativa e Embelezamento do Barril de Alva (CIEBA).
Algum tempo depois, em 1935, “…a 17 de março, após alguns trabalhos preliminares, houve uma reunião magna da colónia (barrilense) na sede do Grémio da Comarca de Arganil, da qual saiu uma comissão encarregada de elaborar os estatutos para o organismo que se acabara de fundar”: a União e Progresso de Barril do Alva, “coletividade regionalista zeladora dos interesses vitais da freguesia do Barril de Alva” - instituição pioneira do regionalismo arganilense e que, para além de todas as benfeitorias sociais e económicas com que dotou o Barril de Alva, continuou a apoiar a Filarmónica e a juventude da freguesia.
Desde a sua fundação, a UPBA mantém, sem interrupção, a sua atividade na região de Almada, cujo Município, em 1997, fez erguer na freguesia do Laranjeiro, a Praça do Barril de Alva - homenagem à comunidade barrilense pelo seu contributo para o engrandecimento do concelho.
A extinta Junta de Freguesia do Barril de Alva, por sua vez e no tempo certo, passou a denominar uma das suas principais artérias por Rua Cidade de Almada.
“(…) não há área de Almada onde não haja gente de Arganil - uma presença significativa e organizada que ali mantém a ligação das suas raízes. Almada tem recebido gente de todo o lado, mas os de Arganil souberam granjear o nosso respeito com trabalho” - palavras de Joaquim Judas, presidente da Câmara Municipal de Almada, durante o almoço convívio no Barril de Alva em maio de 2017.

São devidas à ação da UPBA obras de vulto na extinta freguesia do Barril de Alva, nomeadamente:
- Parque de Merendas (Parque AIACO) – 1ª fase: aquisição dos terrenos, junto à ponte sobre o rio Alva, posteriormente requalificados;
- Construção do abrigo para passageiros dos transportes públicos;
- Dinamização da proposta dos órgãos sociais da UPBA, acompanhamento urbanístico e contribuição financeira para a construção da Estrada do Casal Cimeiro (mais tarde designada Rua União e Progresso do Barril de Alva);
- Parque de Merendas (Parque AIACO) – 2ª fase: ampliação da zona verde com a construção de assadores, mesas e bancos, sanitários e casa de arrumos;
- Arranjo do Coreto e várias intervenções urbanísticas no Largo José Freire de Carvalho e Albuquerque;
- Recuperação total do antigo edifício/sede da Filarmónica Barrilense e instalação da Casa/ Museu “OS BARRILENSES SÃO ASSIM”.

Por iniciativa da UPBA:
- as crianças do Barril de Alva, pela Páscoa, são obsequiadas com um lanche, amêndoas e brinquedos;
- durante largos anos foram criados prémios literários para os melhores alunos da escola do Barril de Alva;
- seleção das melhores quadras poéticas (dos alunos) sobre o Barril de Alva, posteriormente expostas em cerâmica no fontanário do pipo, junto à ponte sobre o rio Alva;
- eventuais contribuições monetárias à Filarmónica Barrilense;
- eventuais contribuições monetárias à ex-Igreja Matriz;
- eventuais contribuições monetárias ao Centro de Dia;
- realização de vários “mega” piqueniques na região de Almada, de cariz regionalista, com a participação de grupos de tradições populares;

- na área da sua implantação social, durante mais de uma década, foram organizadas feiras de Artesanato e Gastronomia, com a presença da Filarmónica Barrilense, subsidiada pela UPBA, outras congéneres, e grupos de animação;
- edição de brochuras sobre personalidades que, de algum modo, prestaram preciosa;
- colaboração à UPBA, ao Barril de Alva e ao concelho de Arganil;
- periodicamente, foram organizadas excursões que tinham como finalidade assistir e participar de forma ativa nas festas religiosas e/ou na feira anual de novembro;
- periodicamente, em tempos idos, foram organizadas programas de variedades nas instalações da antiga Casa da Comarca de Arganil.
Etc, etc…

BAIRRISMO E BENEMERÊNCIA
Em 1965 a UPBA mandou edificar no Largo da Escola (Praça Alberto Martins de Carvalho) um monumento que homenageia o bairrismo e a benemerência dos barrilenses e dos amigos do Barril de Alva.

*Fontes: arquivo da UPBA, AIACO,  A Comarca de Arganil
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CR

segunda-feira, 10 de julho de 2023

Inauguração do "Centro Comercial do Barril" - filial dos Grandes Armazéns do Chiado


Centro Comercial do Barril

Os irmãos Abílio e Joaquim Nunes dos Santos, fundadores dos Grandes Armazéns do Chiado, com sede em Lisboa, inauguraram no dia 19 de novembro de 1922 a filial do Barril, de onde eram naturais.
Na edição da “Comarca de Arganil” do dia 23 desse mesmo mês, pode ler-se:
 
Como havíamos anunciado, realizou-se no último domingo, no Barril, a inauguração da nova filial dos Grandes Armazéns do Chiado.
Naquele dia, o Barril esteve em festa, ouvindo-se constantemente o estralejar de foguetes.
Das freguesias limítrofes foi ali muitíssima gente, não tendo os empregados da nova filial um momento de descanso para atender a enorme clientela, sendo importantes as vendas.
É de prever que a esta filial esteja reservado um futuro próspero.
.
No mesmo dia e comemorando a data da abertura do importante estabelecimento, “A Comarca de Arganil” distribuiu nesta vila, por 40 pobres dos mais necessitados, a importante quantia de 100$00 que os srs, Nunes dos Santos & Cª, proprietários dos Grandes Armazéns do Chiado, nos haviam enviado para tal fim, como já aqui noticiámos,
De novo agradecemos àqueles generosos conterrâneos o seu importante donativo”.

Não se conhecem imagens ou relatos circunstanciados do festivo dia, mas existe uma fotografia posterior, publicada numa revista brasileira (em exposição na Casa/Museu “OS BARRILENSES SÃO ASSIM”) onde surge o nome do estabelecimento: “Centro Comercial do Barril”!


Existe uma outra imagem do interior, sem data, que mostra parte das prateleiras (tapadas  com um cortinado?),  o guichet dos correios e pessoas que talvez façam parte da memória da dona Clarinda Gouveia...
Julga-se que a alteração da sua designação para “Grandes Armazéns do Chiado” aconteceu após a independência administrativa do Barril, em 25 de julho de 1924, data que, de forma simbólica, não deixará de ser lembrada daqui a dias…

terça-feira, 4 de julho de 2023

“O Senhor Regedor”



Alberto
Bernardo Simões

De memória recordo que a direção da Filarmónica Barrilense, em 
 8-1-1941, nomeou “(…) o sócio executante Alberto Bernardo Simões como auxiliar do regente para dar lições a aprendizes e fazer outros serviços”, cargo que acumulou com as funções de presidente do Conselho Fiscal da instituição.
- Mero apontamento de uma longa história de vida ao serviço da nossa Filarmónica, como executante, maestro e dirigente, cujos sinais, com uma certa leveza no trato, alinhavei em 198O - “meia dúzia” de palavras numa vénia ao “SENHOR REGEDOR” – e fiz registar na Sociedade Portuguesa de Autores; posteriormente, o tema foi incluído num single da cantora Alexandra, de que não guardo cópia, infelizmente…




Entretanto…
… a atual direção da Associação Filarmónica Barrilense vai apresentar nos próximos dias  do mês corrente, julho, um novo maestro, a quem se deseja vida longa ao serviço da nossa secular instituição.
Trata-se de Francisco Ferreira - é o regresso de alguém que, durante a sua anterior passagem pelo Barril de Alva, granjeou simpatias e o reconhecimento geral da sua elevada competência para o cargo.
Pela sua gentileza e fino trato, vénia ao Francisco; a esposa, Carla Moreira, é igualmente merecedora dos maiores encómios.
Em 2013, Francisco Ferreira, ao serviço da nossa Banda, homenageou Alberto Bernardo Simões (“O SENHOR REGEDOR”) - uma saudade do Barril de Alva e da Filarmónica - com uma obra da sua autoria, intitulada “MESTRE ALBERTO”.

Na altura, fiz publicar o seguinte texto:

“O instrumental dançou nas notas da partitura e foi como se um povo inteiro, a plenos pulmões, fizesse ouvir o uníssono das vozes a desenhar a frase: "Mes....tre...Alberto..." - começo de um poema a exigir mais vogais e consoantes para que exista um todo, com principio meio e fim, eis o que falta à melodia para que possa ser partilhada pelas gentes do Barril de Alva "quando a banda passar" perto das nossas emoções.
Domingo passado, no final do almoço dos 119 anos da Associação Filarmónica Barrilense, o maestro Francisco Ferreira fez da sua obra um presente à família de Alberto Bernardo Simões - alma grande da filarmónica do Barril de Alva.
A homenagem, bonita de ouvir, levou às lágrimas alguns dos presentes, como se o "Mestre Alberto" (Bernardo Simões) fizesse parte das suas vidas - e faz!
"Mes....tre...Alberto..."!

A música é o que une…
… duas personalidades de inegável talento, “pormenor” a merecer destaque. Junto uma terceira figura não menos importante num passado distante: João Martins Vinagre, “(…) a quem a instituição ficou a dever momentos de exaltação artística(…).

...E assim se escreve parte da História  do Barril de Alva. 

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Carlos Ramos

terça-feira, 7 de março de 2023