SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO BARRIL DE ALVA: FONTES: ”AIACO” - A COMARCA DE ARGANIL- GENI.COM - CLARINDA GOUVEIA - P. ANTÓNIO DINIS - - “ECOS DO ALVA” – U.P.B.A.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

Abílio Nunes dos Santos subsidiou a construção do cemitério do Barril de Alva

Abílio Nunes dos Santos, um dos proeminentes filhos do Barril de Alva, contruiu  o cemitério em terreno oferecido por António Freire de Carvalho e Albuquerque, "senhor da Casa do Barril"



Cópia de parte da ata da sessão da Comissão Executiva da Câmara Municipal de Arganil, de 11 de março de 1920.
------------------------
DELIBERAÇÕES: “Tendo-se apresentado nesta sessão o cidadão Albano Nunes dos Santos, do Barril, declarou que fazia entrega à Câmara dum cemitério construído naquele povo por seu irmão Abílio Nunes dos Santos, em terreno de António Freire de Carvalho e Albuquerque, com a condição de que o espaço de terreno designado na planta que aqui fica arquivada, sob os números 3, 4 e 5 se considera  pertença da família Nunes dos Santos, e o designado sob os números 6 e 7 da família  Freire de Carvalho,  e ainda também  com a condição de que, se no referido povo do Barril se constituir algum dia uma freguesia, para a Junta respetiva se transfira a administração e a propriedade do mesmo cemitério.-Considerando que o estabelecimento de cemitérios é atribuição da Câmara, como se vê no número 25 do artigo 94 da Lei de 7 de agosto de 1913, mas considerando, por outro lado, que aqui se trata de cemitério já construído, sem qualquer dispêndio da mesma Câmara e que ele é necessário; considerando ainda que a aceitação do mesmo cemitério não resulta encargo, visto que as despesas de conservação ficam  bem garantidas pelas vendas das sepulturas, delibera esta Comissão:-----------------
1.º Louvar o cidadão Abílio Nunes dos Santos pelo melhoramento que dotou a sua terra natal, o qual é e continuação de outros mais,  que lhe dá direito  à gratidão do povo;--------
2.º Aceitar a doação nos termos em que foi feita salvos outros direitos de preferência , caso a Câmara na próxima sessão plenária o entenda por bem;------------
3.º Louvar o cidadão António Freire pela cedência gratuita do terreno do dito cemitério".---
*
Está conforme
Arganil, secretaria da Câmara Municipal, 15 de março de 1955
O Chefe da Secretaria
(ilegível)-
-
Fonte: Câmara Municipal de Arganil

A benemerência de Joaquim Mendes Correia de Oliveira


Progresso da terra natal e o bem-estar da sua população foi o paradigma de ilustres barrilenses durante décadas de lideranças arrojadas e investimentos públicos, como fontanários, igreja e capelas, escola pública, ruas e caminhos, etc, etc.
Joaquim Mendes Correia de Oliveira, barrilense, pouco referenciado, é certo, mas pelo merecimento da sua generosidade justifica encómios e destaque de “primeira página”, como o Governo da República reconheceu em 1913 ao conceder-lhe um louvor, publicado no Diário do Governo n.º 57/1913, Série I de 1913-03-11.
A Junta de Freguesia do Barril de Alva, em 1924, também não deixou de lhe prestar justa homenagem ao atribuir seu nome a uma das primeiras ruas da aldeia…
Joaquim Mendes Correia de Oliveira emigrou para Belém do Pará, no Brasil, onde fez fortuna. De regresso a Portugal, construiu de raiz um soberbo palacete na sua terra natal, ainda de pé e habitável. O edifício é conhecido pela “prédio dos bonecos” pelo facto da decoração do beirado ostentar peças de estatuária.
A talhe de foice, refira-se o pormenor de ter sido, em 1911, local de pernoita do ministro do Fomento da República, Brito Camacho, de visita à região.
A benemerência do nosso conterrâneo estendeu-se à construção
- do esplendoroso edifício da escola primária do Barril de Alva, em parceria com José Freire de Carvalho e Albuquerque, Abílio Nunes dos Santos e Joaquim Nunes dos Santos;
- da antiga sede da Filarmónica Barrilense (agora, depois de recuperada acolhe um projeto cultural de inegável importância na comunidade: a Casa/Museu “OS BARRILENSES SÃO ASSIM”, frase emblemática dita vezes sem conta pelo seu filho A.I.A.C.O);
- da igreja matriz do Barril de Alva, que tem como orago S. Simão. 
Infelizmente, Joaquim Mendes Correia de Oliveira faleceu relativamente novo. 
A lista de pessoas de bem fazer, não sendo extensa pela leitura das marcas de avultadas obras, é, no entanto, enorme pelo espírito solidário de quem nasceu barrilense ou sente como sua esta mesma “pátria”. 












Honra ao mérito: a escola do Barril

(…) são altamente louváveis todos os esforços que se empreguem para derramar a luz nas trevas  da ignorância, para levar  aos pequenos cérebros o brilho cintilante da instrução, fazendo mais tarde dessas crianças  cidadãos úteis   aos seus semelhantes e aptos para honrarem a terra que os viu nascer”.