SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO BARRIL DE ALVA: FONTES: ”AIACO” - A COMARCA DE ARGANIL- GENI.COM - CLARINDA GOUVEIA - P. ANTÓNIO DINIS - - “ECOS DO ALVA” – U.P.B.A.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

A "casa da música" no tempo do mestre Vinagre


Possivelmente a primeira  fotografia oficial
da S.F.B. regida  pelo mestre Vinagre,
na anterior sede

Ontem resumi um texto do “historiador” AIACO, publicado na “Comarca de Arganil” em tempos idos, onde se recorda a casa que José Monteiro de Carvalho e Albuquerque mandou construir no Barril de Alva.
“As conversas são como as cerejas”, por isso não é de admirar que, esta manhã, um “rapaz” com memória fresca, o Vitor, durante uma pausa na minha caminhada (com o “Bello”, o cão…), abordasse o assunto. Disse o Vitor:
- “O caseiro, “ti” Zé Pereira, contava que o salão do rés-do-chão era a casa de ensaio da Filarmónica, isso no tempo do mestre Vinagre…”.
O “ti” Zé Pereira era carpinteiro, como o irmão, António Pereira, meu avô - os dois eram mestres na montagem das rodas de alcatruzes no rio Alva; o meu avô tinha a particularidade de ser músico da Filarmónica, tocava requinta e/ou clarinete e, ao que sei, “dava um jeito” na guitarra portuguesa durante os “bailes mandados”…
…Faz todo o sentido que a Banda tivesse como “sede” a futura habitação (que nunca usou…) do fundador da Filarmónica Barrilense - José Monteiro de Carvalho e Albuquerque.
-
Em 1911, a Sociedade Filarmónica Barrilense, graças à benemerência de Joaquim Mendes Correia de Oliveira, mudou-se “com armas e bagagens” para a sua nova residência artística – não tarda, será esta casa/museu o local próprio para “viajar no tempo”, que bem poderia chamar-se “Museu do Bairrismo Barrilense”, como era desejo de AIACO, mas a frase por si imortalizada “Os Barrilenses são assim”, "diz muito"  deste território e é digna de ser associada, com a devida vénia, às palavras de Miguel Torga sobre a construção do Teatro Aves Coelho, em Arganil:
-“Erguido por teimosos e cabeçudos Beirões, da mesma maneira que antigamente se construíam as Catedrais, trazendo cada um a sua pedra”.
Os Beirões “eram mesmo assim”!
CR


À janela, AIACO atento 
- nos clarinetes, a Lena, o "ti" António Pereira e o "ti" Virgílio 
esmeram-se  no toque durante o ensaio na primeira  residência artística da S.F.B.


Temporariamente, foi a "casa da música",  mandada  construir por 
José Monteiro de Carvalho e Albuquerque