SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO BARRIL DE ALVA: FONTES: ”AIACO” - A COMARCA DE ARGANIL- GENI.COM - CLARINDA GOUVEIA - P. ANTÓNIO DINIS - - “ECOS DO ALVA” – U.P.B.A.

quinta-feira, 3 de março de 2022

Março de 1979 - Inauguração da sede da Filarmónica Barrilense

  “…que os acordes metálicos não feneçam com os maus ventos”

O jornal “ A Comarca de Figueiró”, de Figueiró dos Vinhos, publicou no dia 10 de abril de 1979 uma excelente reportagem sobre a inauguração do edifício sede da então Sociedade Filarmónica Barrilense, que decorreu no dia 18 de março  daquele ano

O trabalho jornalístico, extenso e pormenorizado, pode ser visto como um justo louvor ao Barril de Alva e às suas gentes daqueles tempos, pois “é preciso, efetivamente, possuir uma têmpera muito, muito especial, ter um campo de manobra muito prestigiado, guardar muitas amizades vincadas e sobretudo ter muita confiança no inegável bairrismo dos seus conterrâneos, para se terem cometido a tão ingente tarefa” – acentua o autor da reportagem, que assina, simplesmente, Marçal.

Da grande festa do sarau inaugural, na noite do dia 17 do mesmo mês, recordo a presença do “(…) excelente conjunto Esquema 6, de Lisboa (que tinha como líder o barrilense Armando Bernardo), a consagrada Cândida Branca Flor, Jorge Quaresma, Sissi e Zé Portugal (…).

Marçal tinha razão: só foi possível a vinda deste punhado de artistas, sem custos, quando se tem “(…) um campo de manobra muito prestigiado, guardar muitas amizades vincadas (…).
Não tarda, passa mais um aniversário sobre a data da inauguração do emblemático e grandioso edifício.
C.R.


Respigos do texto
- Lembrando o comendador Luís Bento Suzano

“ (…) Alvoreceu o domingo, dia 18 de março de 1979, com a Filarmónica Barrilense percorrendo as ruas (do Barril de Alva) e cerca das 10 horas chegou a Filarmónica Figueiroense, gentilmente convidada, numa confirmação das excelentes relações que identificam as duas Filarmónicas (…)”.

“ (…) a povoação vestiu as melhores galas para a inauguração da nova sede da Filarmónica Barrilense, reafirmando o acrisolado bairrismo e o sentimento das suas gentes, espírito que escorreu em caudal e inundou a alma e o coração desse maravilhoso casal de beneméritos constituído pelo comendador Luís Bento Suzano e sua extremosa esposa D. Maria Josefa Suzano, porquanto, ao bondoso casal se ficou devendo a motivação que alvoroçou e aqueceu os sentimentos dos barrilenses (…)”.

“ (…) Foi então que uma sensacional revelação chega ao conhecimento de todos: (António Inácio Alves) Correia de Oliveira aproxima-se do microfone e anuncia que o comendador Luís Bento Suzano oferecia 100 contos à Sociedade Filarmónica Barrilense (…)”!

Barrilense por herança, a palavra de Adalberto Gens da Costa Simões:
Quem dera que os saudosos fundadores da Sociedade Filarmónica Barrilense (…) pudessem ver das alturas este autêntico “milagre”, força monetária de dois entes diletos, acolitados pelo querer e hercúlea vontade de um bom punhado de bons amigos e quase todos barrildalvenses, entre os quais a dinâmica Comissão de Almada (União e Progresso do Barril de Alva, na altura com um ano de existência), que em peditórios, leilões, piqueniques e “a tostão a tostão” ergueram um edifício impar no concelho de Arganil em glória da sua “menina bonita” para que os seus acordes metálicos não feneçam com os maus ventos e ecoem por esses montes além”.

(António Inácio Alves) Correia de Oliveira falou seguidamente da obra inaugurada, dos sacrifícios exigidos a todos os barrilenses, (…) e com o entusiasmo galvanizante que o carateriza, Correia de Oliveira concluiu:
- As nossas gratidões mantêm-se sempre vivas porque OS BARRILENSES SÃO ASSIM”!
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