... naquele tempo era assim
"As azeitonas eram prensadas entre dois moinhos de pedra (por norma, de granito).  Essas camadas grossas eram espalhadas em seiras redondas, postas umas sobre as outras e pressionadas por uma prensa hidráulica. O líquido advindo dessa prensagem é uma mistura de azeite e sabores amargos dissolvidos em água. Esse líquido seguia por dois canais abertos numa peça de granito e era encaminhado para grandes  depósitos, também de granito".
Os "lagares de varas" - como era o do Urtigal - baseiam-se num sistema de prensa dos lagares romanos e hoje são peças "vivas"  de alguns museus.As guias das seiras estavam encaixadas  nas duas aberturas, visíveis  na imagem da peça encontrada nos escombros  do edifício.
Durante as obras de recuperação das ruinas do “complexo” industrial da Quinta  do Urtigal,  foi ainda encontrada  a viga do pórtico da acesso principal, uma chave  de tamanho médio, partes dos depósitos onde era  recolhido o azeite  e restos do sistema hidráulico (?). 
- Junto ao caneiro,  quando o caudal do rio é fraco, ainda podemos "descobrir a olho nu"   uma ou duas memórias   do  "nosso" lagar...


 
