(“…um verdadeiro canto de louvor…”)
O livro de Carlos Leal "Uma Terra da Beira” é uma espécie de aconchego de memórias que nos permitem viajar ao tempo de ilustres e solidárias
personalidades com “vistas largas” sobre esta “pitoresca aldeia dos arredores de Coimbra”, “…uma terra que Deus ajardinou para estância
de repouso (revista
“Lusitânia”, Brasil, 1930 e 1931).
Alberto Martins de Carvalho,
barrilense ilustre, em 1934 publicou uma crónica no jornal “A Comarca de Arganil” com o mesmo título. Do texto, retiro o
seguinte parágrafo:
“ Eu podia dizer bastante, com verdade e
justiça, sobre as qualidades dos meus patrícios: o
seu amor ao trabalho, o fiozinho sentimental que os une a todos, mesmo aos que
andam perdidos por esses reinos de Cristo, a sua vontade de caminhar e
progredir, vontade obscura mas tenaz, vontade de bons plebeus e camponeses,
pessoas cujas mãos não servem apenas para justificar as algibeiras…” (M.C.).
O pedagogo Alberto Martins de Carvalho, um dos grandes intelectuais de
Coimbra nas décadas de 1920 e 1930, recordou
ainda “(…) como
esta aldeia ignorada já entrava no cadastro da população de 1527 com a sua
dezena de habitantes(…), e descreveu os barrilenses como pessoas
trabalhadoras e unidas, movidas por uma vontade persistente de progredir.
Da mesma forma, Carlos Leal, focado no trabalho da União e Progresso do
Barril de Alva (U.P.B.A.) ao longo de 90 anos, celebra o espírito bairrista e a
dedicação dos barrilenses à sua terra natal.
O livro "Uma Terra da Beira” resgata a história
da aldeia e reconhece as personalidades que contribuíram para o seu
desenvolvimento.
O documento é um tributo ao esforço
coletivo e individual dos filhos do Barril de Alva que, com empenho e
altruísmo, transformaram a aldeia, tornando-a um lugar bonito e respeitado;
além do mais, é um verdadeiro canto de
louvor com direito a peça musical do
reportório da centenária Filarmónica Barrilense (fundada em 1894).
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