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Homenagem ao promotor da extinta Freguesia do Barril de Alva. Obra de arte oferecida pela EDITORIAL MOURA PINTO, que tem sede em Coja. Placa descerrada pelo presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, com a presença do executivo da União de Freguesias de Coja e Barril de Alva (João Tavares, João Gouveia e Isabel Guarda), Carlos da Capela, em representação da Editorial Moura Pinto, e Comunicação Social
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- Intervenção do último presidente da Junta de Freguesia durante as comemorações do
CENTENÁRIO DA ELEVAÇÃO À CATEGORIA DE FREGUESIA DO
BARRIL DE ALVA
Minhas senhoras e meus senhores:
Estou grato pelo
privilégio de celebrar convosco o CENTENÁRIO DA ELEVAÇÃO À CATEGORIA DE FREGUESIA DO BARRIL DE
ALVA.
De forma sucinta e
breve, desejo realçar os desígnios do povo e a influência de ilustres
personalidades que estiveram na génese da independência administrativa desta
“pitoresca
aldeia dos arredores de Coimbra” - “uma terra que Deus ajardinou para estância de
repouso”,
como referiu, qual
profecia, a revista brasileira “LUSITÂNIA” de 16 de janeiro de 1931.
Cem anos volvidos, à
solenidade deste momento, importa juntar singela homenagem aos nossos
antepassados - dos primórdios de que há conhecimento, desde 1527 à atualidade,
pelo merecimento do amor pátrio ao torrão natal.
O tempo é de memórias, algumas preservadas no aconchego
da Casa / Museu - espaço simbólico dedicado
ao progresso do Barril de Alva pelo empenho e dedicação dos seus filhos, de
forma individual ou agregados a instituições de caráter regionalista,
alindando-a, tornando-a aprazível, agradável à vista, conhecida e prestigiada.
A história dos cem anos do Barril de Alva confunde-se com…
- a antiguidade da Quinta de Santo António,
- o bem-fazer dos Nunes dos Santos, clã dos Freires e Joaquim Mendes Correia de Oliveira,
- o prestígio da sua centenária Filarmónica,
- a solidariedade da União e Progresso do Barril de Alva (UPBA),
que ocupou em 1935 o espaço embrionário da Comissão
de Iniciativa e Embelezamento do Barril de Alva (CIEBA),
- o exemplo da “Comissão
para os Melhoramentos e Beneficência do Barril de Alva”, com sede em Lisboa, criada
no dia 9 de abril de 1925 com a particularidade de
ser composta apenas por senhoras,
- o prestígio de uma mão cheia de barrilenses, pelo seu desempenho
cívico e profissional em áreas específicas, longe das fronteiras da Serra do
Açor, como atesta alguma da documentação exposta na Casa / Museu.
Neste dia, não posso deixar de enaltecer António
Inácio Alves Correia de Oliveira, AIACO
– sem a sua profícua dedicação à nobre causa que nos juntou na mesma paixão de
sonhar o Barril de Alva próspero e
pujante de vida não era possível alinhavar com algum rigor o que escreveu sobre
as gentes da nossa terra, acentuando como nenhum outro
“... as belezas e superioridade desta aldeia
ribeirinha do Alva” - Alberto Martins de Carvalho,
"A Comarca de Arganil",1934, do texto
“UMA TERRA DA
BEIRA”.
A finalizar, manda a consciência que recorde a composição da primeira Junta de Freguesia, eleita em 21 de setembro de
1924:
Albano Nunes dos Santos, José Coelho Nobre, António Brito Simões, José Maria de Paiva e José Martins de Carvalho.
Interinamente, foi
nomeado regedor Joaquim Jacinto Coelho Nobre.
Termino com respeitosa
vénia aos homens e mulheres que fizeram parte dos sucessivos executivos da
Junta de Freguesia do Barril de Alva, desde 1924 até aos eleitos do último
quadriénio de 2009/2013, que tive a honra de liderar com a solidariedade,
dedicação, competência e espírito de equipa de personagens dos meus afetos:
- João Gouveia (secretário),
- Constantino Moura (tesoureiro),
e ainda
- Armando Bernardo, que presidiu à Assembleia de Freguesia.
Bem hajam por tudo.
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C.A.R. 25 de julho de 2024